Nosso cérebro, assim como qualquer outra parte do corpo, necessita de nutrientes específicos para funcionar de maneira otimizada. O consumo de alimentos ricos em compostos bioativos, como frutas e verduras, tem sido amplamente estudado para seu potencial em proteger a saúde cerebral. No entanto, a inclusão de suplementos, como ômega 3 e creatina, pode oferecer benefícios adicionais para a cognição e o desempenho mental.
O ômega 3, por exemplo, é um ácido graxo essencial que possui propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Estudos mostram que a suplementação com ômega 3 está associada à melhora da memória, redução do risco de doenças neurodegenerativas e até mesmo ao intervalo de sintomas de depressão e ansiedade. A ingestão regular desse nutriente pode favorecer a plasticidade sináptica, essencial para a aprendizagem e a memória.
A creatina, conhecida principalmente por seu uso em contextos esportivos, também tem demonstrado efeitos positivos na função cognitiva. Pesquisas indicam que a suplementação de creatina pode melhorar o desempenho em tarefas que desativam a atenção e o raciocínio rápido. Isso ocorre porque a creatina aumenta a disponibilidade de energia nas células cerebrais, potencializando o desempenho mental durante atividades que requerem esforço cognitivo.
Além desses, outros suplementos como as vitaminas do complexo B, vitaminas de minerais como zinco e magnésio desempenham um papel crucial na saúde cerebral. As vitaminas B, em particular, são fundamentais para a produção de neurotransmissores que regulam o humor e a cognição. A deficiência de vitamina D, por sua vez, tem sido associada a problemas de memória e aumento do risco de distúrbios neuropsiquiátricos.
Não podemos esquecer também dos polifenóis presentes em alimentos como cacau, chá verde e frutas vermelhas. Esses compostos bioativos atuam como antioxidantes, protegendo as células cerebrais contra danos oxidativos e graves. A ingestão de flavonóides, como os encontrados no cacau e no chá verde, está ligada a uma melhoria significativa na função cognitiva e no fluxo sanguíneo cerebral.
O impacto dos polifenóis na saúde mental é reforçado por estudos que mostram como eles podem interferir na neurogênese, processo fundamental para a manutenção das funções cognitivas. Além disso, a ação antiinflamatória desses compostos é essencial para combater a neuroinflamação, um fator importante em condições como alzheimer e parkinson.
Os adaptógenos são substâncias naturais, geralmente extraídas de plantas, que ajudam o organismo a lidar com o estresse sem comprometer suas funções metabólicas. Com raízes em tradições medicinais orientais, essas plantas, como Panax ginseng, ashwagandha e Rhodiola rosea, contêm compostos bioativos que favorecem a adaptação do corpo a diferentes estressores.
O ginseng, por exemplo, atua no hipotálamo, inibindo a liberação do cortisol, um hormônio do estresse, enquanto a ashwagandha pode aumentar a dopamina e melhorar a resposta imunológica. A Rhodiola rosea, por sua vez, reduz a fadiga e estimula a produção de serotonina, contribuindo para o bem-estar e a melhoria do humor.
Por fim, a prática de exercícios físicos regulares também deve ser enfatizada como uma estratégia eficaz para melhorar a saúde mental. A atividade física não apenas aumenta a circulação sanguínea, promovendo uma melhor entrega de nutrientes ao cérebro, mas também estimula a produção de neurotrofinas, proteínas que favorecem a sobrevivência e o crescimento neuronal.
A combinação de uma alimentação rica em nutrientes, a suplementação adequada e a prática de exercícios físicos pode ter um impacto significativo na saúde mental e no desempenho cognitivo. Investir em sua saúde cerebral é um passo importante para garantir um envelhecimento saudável e uma qualidade de vida elevada.
Referências:
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